Atuação de peritos do DPT foi fundamental para elucidar crime em Ribeira do Amparo
foto: Foto ilustrativa
Desde 30 de dezembro de 2016, véspera de final de ano, a moradora da cidade de Ribeira do Amparo, Josélia Dantas da Costa, de 44 anos, estava desaparecida. Exatamente um mês após o desaparecimento, policiais militares do 1º Pelotão da cidade de Cipó-BA, receberam uma denúncia em que relatava a existência de um corpo em estado de decomposição e com sinais de ter sido carbonizado, na Estrada do Itapicuru, no referido município. Por se encontrar com sinais de queimadura, e bastante decomposto, foi possível apenas a identificação de um corpo feminino, levantando a suspeita, de se tratar de Josélia, o que foi confirmado posteriormente através de um laudo cadavérico, lavrado pelo Departamento de Polícia Técnica de Euclides da Cunha – BA.
A partir do desaparecimento de Josélia, o principal suspeito tanto pelo sumiço, bem como de um possível assassinato, seria o ex-companheiro da mesma, identificado como José Laelson Soares dos Santos.
Entenda o caso:
Na data de seu desaparecimento, em dezembro de 2016, de acordo com relatos de testemunhas e do site Pombal Alerta, tanto Josélia quanto Laelson, foram vistos fazendo uso de bebida alcoólica, na Praça de Abastecimento, em Ribeira do Amparo-BA, em companhia de outras pessoas, no dia 30 de dezembro de 2016. Foram relatadas diversas discussões entre ambos, nesse que seria o último encontro, e quando a mulher resolveu ir embora, o ex-companheiro resolveu a seguir. Foi justamente depois desse episódio, que Josélia não mais foi vista na região.
Trabalho do DPT:
Após diversos exames, entre os quais: cadavérico, antropológico, tanato-antropométrico, odontolegal, DNA, de Local de achado de cadáver, fragmentos do solo, entre outros realizados pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia, a polícia civil, finalmente, recebeu os laudos respectivos e por consequência a certidão de óbito de Josélia Dantas da Costa, isto é, a prova material do feminicídio. No local onde o corpo da ribeirense foi encontrado, foram coletadas amostras do solo. Após análise feita pelo Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT), foi constatado que além do solo arenoso foram encontrados diversos componentes próprios da composição química de óleo vegetal, sendo esta substância utilizada como combustível para carbonizar o corpo da vítima.
Entretanto, Laelson trabalha com frituras, pastéis e outros alimentos, fazendo uso de óleos vegetais para tal, bem como armazena sobras desta substância em vasos. Além disso, acumula contra o mesmo um crime por homicídio cometido em 2001. Diante dos fatos, os investigadores concluíram o inquérito policial entre os meses de setembro e outubro de 2017, representando pela prisão preventiva do mesmo, o que foi acatado pela Comarca de Cipó-BA.
Prisão
No dia 27 de outubro, policiais civis e militares de Ribeira do Amparo-BA, cumpriram o Mandado de Prisão em desfavor de Laelson, que foi conduzido e apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Ribeira do Pombal-BA, para adoção das medidas cabíveis. O mesmo se encontra preso, à disposição da justiça.
Fonte: Pombal alerta
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