Peritos criminais da Bahia protestam contra sucateamento do Departamento de Polícia Técnica
Em assembleia geral realizada no dia de ontem, 16/03/2022, os Peritos Criminais do Estado da Bahia decidiram protestar contra a política salarial e de sucateamento do Departamento de Polícia Técnica promovida pelo governo Rui Costa.
Após anos sem concurso público, investimentos e recomposição salarial, a situação do DPT tornou-se insustentável. Diversos equipamentos necessários para a produção de prova material estão parados há anos por falta de manutenção, como no caso do microscópio eletrônico de varredura – MEV que custou cerca de 1 milhões de Dólares (R$ 5.038.000,00), e não funciona desde 2017; degradação da estrutura física do Laboratório Central de Polícia Técnica, ocasionando verdadeiras cachoeiras nas dependências do LCPT em dias de chuva; escalas com plantões sem peritos criminais em boa parte do interior do estado; a não realização de exames periciais por falta de insumos, tais como DNA e identificação de veículos, dentre outros.
Foram oito anos sem sucesso tentando diálogo com o governo, que nunca recebeu os representantes da categoria. Como forma de tentar abrir este canal de negociação, a categoria deliberou por ampla maioria:
• Entrega dos cargos no dia 21/03/2022;
• Recusar plantões extras a partir de abril para composição de forças tarefas, deixando, dessa forma, de realizar diversas perícias na área de veículos, balística, informática, participação na Operação Posto Legal, escalas de supervisão e Centro Integrado de Comando e Controle;
• Realizações de exames periciais apenas se forem disponibilizados os equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Transitar apenas em viaturas que possuam condições de técnicas de tráfego;
• A não utilização de objetos de uso pessoal na realização das perícias e tampouco compra de materiais com recursos próprios;
• Informar ao superior imediato, com cópia para ASBAC/SINDMOBA, sobre a falta de material/insumos para a realização das perícias;
Esperamos que o governo do Estado se sensibilize com a situação precária em que se encontra a perícia, que outrora foi referência nacional, e abra um canal de negociação com a categoria.
Por uma Perícia de Excelência.
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